Não gosto de mudança de casa, desde sempre. Ao contrário de minha mãe “quenãogostaqueeufalenela”, que fazia questão de se mudar de 4 em 4 anos. Deve ser um número cabalístico.
A verdade é que pra nenhuma das duas se incomodar, passei a não ser avisada das mudanças.
Numa das vezes, literalmente acordei com dois capangas querendo levar a cama pro caminhão. Me acharam com cara de cabide.
Fora as infindáveis vezes que acordei com os candidatos a compradores analisando o quarto. Não entendo porque a fuzarca acontecia sempre comigo dormindo.
Quando fui morar sozinha, finalmente pude determinar quando e onde. Optei por ficar um mês com todos os móveis, ou aqueles que existiam, no meio da sala. Não mexi uma palha. Aproveitei para passar o mês jantando fora ...
Obs. Intervalo do suco. Comi Japa e me atolei no salmão. Preciso aproveitar que nunca cruzei com um salmão de baixo da água. Quando isto acontecer deixo de comer salmão, por enquanto é só uma carne rosa/laranja que fica tri boa com shoyu e raiz forte. Lembre shoyu retém líquidos, por isto dá sede.
Bom, hoje fiz uma mudança, no trabalho. Como agora tenho experiência, elaborei a técnica:
Divida os armários por prateleiras, e cada uma delas vai numa caixa. Pouco importa se as coisas estão organizadas dentro das caixas, o que importa é que estejam nas caixas certas. Esta é a minha filosofia de vida!
Vivo perdida dentro das caixas, mas sei onde elas estão e o que tem nelas, que dedução.
A mudança foi tranqüila, achei inclusive uma frase que tinha colocado no mural da sala pelo menos dois anos atrás:
“Para que o mal triunfe basta que os bons não façam nada” (continua valendo pra sala nova).
Amanhã a Ciça vai ter mesa, do lado da minha. Pelo assim a gente não incomoda muito com as análises profundas sobre “A Noviça Rebelde” e Alias.
Hoje me sinto melhor. Tudo vai dar certo e acabar como nos contos de fadas.
Isto se chama otimismo e é o mais poderoso remédio que existe.
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