sábado, janeiro 05, 2008

Um
dia
vou
morar
num
sítio.

Plantar uma horta.

Agora:
Não gosto de ir a supermercado.
Cozinho por obrigação.
Durmo em dois tempos.

É bom:
Quando chove.
Beber leite com Nescau.

Não movo mais do que balde pela piscininha.

Esqueci do celular.
Dos almoços com hora.

A idade me fez seleta e vai me fazer repleta.

É do meu pouco que estou atrás.
O que está surgindo, desconheço.

O-futuro-anda-cabendo-nos-ponteiros-de-um-relógio.

quinta-feira, janeiro 03, 2008

Comprei uma piscininha de 400 litros pra por na sacada. Só cabe eu, talvez a Tina Turner e algumas poucas formigas. Alternadamente.

O dilema é: Como encher a piscininha.

Minha sugestão, 50 baldes de água. Meu irmão já acha que trocar a torneira da área, e comprar uma mangueira de 10 metros com esguicho, é mais prático. Mas ele é homem...e eu gosto de caminhos longos.

Mas é só uma piscininha pra mergulhar a cabeça dentro!

Não troco torneira nenhuma!

A problemática caseira pode ser emocionante...

quarta-feira, janeiro 02, 2008

E graças a DEUS chegou 2008. Não gosto de nomear DEUS. Não por dizer em vão. Mas porque é a gente que faz as escolhas. Botar em nome de DEUS é como se eximir de culpas ou méritos. 3 DEUS NUM PARÁGRAFO! Agora 4. Acredito em gente, antes de acreditar em DEUS.

5.

Vi estes dias um filme chamado CONFIDENCIAL. Sobre como foi escrito A SANGUE FRIO de Truman Capote. Apesar do meu amigo Carlos não ter assistido e já odiar, amei.

Tem um final lindo, onde uma amiga de Truman, que obviamente não lembro o nome, resume o processo de um escritor, e por conseqüência de seres criativos.

Nas minhas palavras:
O escritor que entrega a sua alma a uma obra morre um pouco a cada livro. É como se tivesse uma cota pra cada um, e ali ficasse um pedaço imortalizado. Disse também que a gente não escolhe a quem amar, é como ser refém, sem escolhas. Por isto ninguém pode ser criticado pelos seus amores.

Me sinto assim, refém, menos pulsante a cada entrega. Como se parte fosse embora. Até virar palavras do passado, pra se construir o futuro de outro..

Droga, no filme o texto era infinitamente melhor...então melhor assistir.

Nunca tive uma infindável agenda de pessoas que amo. Sempre tive pessoas pelas quais daria literalmente qualquer coisa pra ver sorrir. Poucas estavam à distância de um abraço. Passei a virada com algumas, que se dispõe a estar presentes pra sempre.

Sempre é uma palavra forte. Adoro sempre, repito sempre sempre. Nunca em vão. Quando eu falar sempre significa pra sempre. Movo montanhas pra manter o sempre. Respeite meu sempre, porque ele tem o real significado do dicionário, mesmo que mude o tempo, o lugar. Tem coisas pra sempre, por mais que só poucas pessoas acreditem. Faço do meu sempre um pouco de arte, e por isto, cada vez que repito, me entrego e perco um pouquinho de mim.

O sempre no real sentido filosófico das idéias. Não o emburrecido sempre, como coisas imutáveis. O sempre evolui e cresce. Sim sempre cresce, a idéia fica maior do que o autor. Quando isto acontece, talvez seja hora de ir embora. Mesmo assim o teu sempre permanece. O sempre te escolhe. Só resta a você carregá-lo enquanto viver. O Sempre é imortal.

O resto passa.

E tem 3 menininhas em Santa Maria/RS que salvam animais. Quem disse que o mundo estava perdido? Não por serem bichos, que adoro (sempre). Mas por entenderem que fazem o que está ao seu alcance.

E quem pode, pode cada vez mais.

Isto a gente não vê. Poucas vezes vira notícia. Isto poderia virar um épico.

Sobre a beleza humana,
de quem é humano, claro.

Com a sua percentagem de entrega sendo gasta no que realmente importa.