sábado, fevereiro 09, 2008

Existem pessoas que viajam com um rímel, um livro e um frasco de perfume. Não é encantador?

Ou quem sabe... Um tênis, uma bússola e um vidrinho de pimenta, daquelas, pra ser moída na hora.

Novas e várias receitas, esta é uma das minhas. Se puder leve também um caderno em branco e um lápis, pra mapear os caminhos.

Procurei o bloco de notas de uma viagem. Não encontrei. Continua bem guardado na lembrança. Quando achar, divido mais um pouquinho.

Gosto de pessoas simples, singelas. Absolutamente não por serem fáceis. Existe sabedoria enorme na simplicidade. Em quem se construiu assim pela vida, por escolhas, não por falta...é a maior diferença entre os simples e os simplistas.

Me pergunto a real razão da escrita. Talvez porque assim se torne documento. Mutável sim. Mostra o que se foi, e pra onde se vai. E pra não esquecer o que já foi dito. Pra se perpetuar.

Só escreva aquilo que acredita. É bom descobrir o realmente se acredita. Independente do tempo, de mudanças, de rumo.

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E tem meu querido e bom amigo. Que ama queijo, odeia molhos, cético por natureza, e que nunca amou. Ontem conversei com ele.

-Não me acho às vezes boa companhia.

-Mas eu acho e aí? Até teu mau humor é divertido.

-Não é questão de depressão. É um mal estar entende? Uma sensação de não pertencimento. De ser estrangeiro, falo isto em relação à vida entende?

-Entendo perfeitamente, também sinto assim merda!


Mister Karl! Eu me sinto estrangeira também, não pertencente a nada! Mas quando tenho energia, encaro! Mesmo que seja pra depois descobrir que...não deu. O problema não é sentir que não se pertence a nada. É não querer se pertencer nunca!

E tudo isto enquanto ele lia a folha de São Paulo.

Mister Karl é um gênio, cultíssimo, com uma memória cavalar. Só que não acredita. Mas ainda assim ele ama queijo e odeia molhos...é um caminho.

Tente escrever pra se ler. Pra se lembrar. Pra não se perder, pra se encontrar. Esqueça os dados, os número, tente as sensações. Os conceitos que se adaptam a várias situações.

Tente de todas as formas Mister Karl, pertencer a este mundo!

sexta-feira, fevereiro 08, 2008

Preparação para o bicampeonato da Beija-flor.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

O maior elogio que recebi na vida foi numa festa. Fomos apresentados, e o diretor da Globo perguntou, você é a Joice do Patrola? Sou fã do seu trabalho. Fiquei petrificada. As melhores sensações da vida são de graça. Tiveram outros, mas aquele..não sei a razão...Tanta coisa que não entendo! Continuo me sentindo uma formiguinha operária, sem muita noção do tamanho do mundo.

Lembrei disto, por outra festa, também no Rio. Hoje, carnaval. Minha fantasia e eu esperando dolorosas 4 horas na concentração. Quando levanto a cabeça, tem um cara me ajeitando, pergunto. Tô bem? Ele faz que sim e sorri. Era o presidente da Beija-Flor. Na seqüência dos acontecimentos, eu, minha roupa sauna de novo. Posso arrumar teu chapéu? Mas claro! Era outra cabeça da Beija-flor, e eu era só uma das 5 mil pessoas que esperavam como podiam. E pelo jeito, o chapéu deixava a desejar...

Também sou assim, pronta pro batente, sem pensar que tipo de trabalho não me honra, porque todos são fundamentais. Todos. Filosofia de poucos que não escolhem batalhas, defendem idéias.

Não existe nada mais lindo do que a concentração da Sapucaí. Aquela quantidade de gente, que passa o ano todo esperando pelos seus eternos 15 minutos no asfalto.

Doeu muito, bolhas em lugares estranhos, uns 10 litros de água perdida, um leve sentimento de claustrofobia. Amo os ofs dos makings. Não pretendo fazer de novo. Mas amei ter feito pela única vez.

Segunda, conheci o bar mais legal que já fui na vida. Rio Scenarium, na Lapa. Eleito entre os 10 melhores bares no mundo. É praticamente um museu de antiguidades, com gente eclética, muita bebida sem gente bêbada, comida de se jogar no chão e música. Música pra todos. Desde samba de raiz ao vivo até Balão Mágico versão techno.

Na entrada, o segurança escolhe. Seja civilizado, PORQUE se não NÃO ENTRA!

Volto lá, quem sabe contigo, ou quem sabe comigo por inteira. Quero estar bem acompanhada.

Sim, a gente vive de se permitir. Tentando de todos os jeitos, viver com o que falta e com o que se pode ter.

A medida certa, eu chamo de felicidade.