sábado, março 17, 2007

observar, estudar, examinar, olhar com atenção, pesquisar minunciosamente, chamar a atenção de alguém para fazer notar, fazer ver, advertir...


Decidi que os 3 quilos que perdi na Patagônia ficariam lá, bem no meio desta foto, em homenagem às montanhas. Subi até o final, 3400m. Aí não aparece, mas tem uma lagoa no meio. Caia uma neve fininha...ainda bem que era verão.
Perder pra estas montanhas é quase vitória, quando a vitória não é exatamente o que se espera.

Quando jogava tênis faziam eu acreditar que era boa...Só que pra mim a vitória estava na diversão, ir pra rede, arriscar.... Ganhava uma, perdia outras. Deixei de jogar vencendo pontos e não partidas, e sendo feliz assim.

Um dia perdi para a Patagônia, um jogo que sequer pensei em ganhar. Deixei lá uma parte. Assim posso lembrar todos os dias. Era este o propósito, atingir o limite, que hoje é maior do que foi ontem.

Ninguém tira de ninguém a história, ela acumula. Se acrescenta a versão do vencedor ou se esquece. Poucos lembram, mas é assim. A maior parte vai pro lixo...não aconteceu.

Vem a clássica cena onde um não sabe do outro, e por alguma bobagem eles não se encontram. Estiveram tão próximos, e ninguém soube o quanto. Se perderam sem que ninguém notasse, como o resto da história.

Li uma vez um livro de arte e o escritor disse: Basta observar, ficar atento aos detalhes. Olhar quando todos já viraram. Continue olhando, não é em vão. Vai existir sempre um último olhar atento. O que ninguém viu vai te fazer especial. Vai contar uma história. Isto é arte.

Não foi bem isto, mas foi o que aprendi....Falei uma vez...
Perder pode ser um troféu pra quem tem certeza. Não duvide da certeza de alguém. Porque ela é forte. Não tem testemunhas e nem pode ser provada. Como a maioria das coisas, se acredita. É quase religião.

Acredito principalmente em quem ousa ser diferente. Com sorte, um dia alguém vai lembrar, e isto vai significar alguma coisa.

sexta-feira, março 16, 2007

sexta, com certeza sexta

Verde, verde, verde passando. Numa terra verde assim quem teria problemas? Como é lindo chegar. Tanto quanto sair.

Me preocupo, ao mesmo tempo penso como é fácil. Basta querer com todas as forças, e eu quero droga! O mundo é redondo e a gente ainda está aqui.

Comprei um CD que toca Beatles em ritmo andino, pode? Gostei da capa e não tinha como escutar. Para lembrar da Patagônia, dos pinguinzinhos que rondam os sonhos, e espero que seja assim até que...eles apareçam!

E uma vez a raposa disse: A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Fiquei com isto na cabeça. Penso sempre em tentar dizer a coisa certa quando não existe outro caminho.

Agora existe, a presença.

Tantas vezes escrevi, mesmo sem saber pra onde. Continuo não sabendo e continuo procurando...continuo escrevendo...

Já disse 99713929 de vezes, preciso dos números!

Ainda existe alguém que se importa?

Enquanto isto pilhas de roupa suja rogam pela minha presença. Deve ser divertido entrar dentro da máquina e ficar chacoalhando de um lado pra outro.

Se botar sais de banho fica melhor.

Vou me preocupar com isto antes de afundar em pensamentos.

quinta-feira, março 15, 2007

sexta..ops quinta

Mi Buenos Aires querida. Tenho 4 pesos pra gastar na internet, mais do que isto lavo pratos. Fui ao restaurante que fui da última vez, porque gostei do garçom. Trata a gente como se fosse ali todos os dias. Recebeu eu e o Pen muito bem como sempre. Fica na Florida esquina Mayo. London City, tem mais de 50 anos. O chao de ladrilhos xadrez, como no filme Melhor é impossível, onde Jack só pisava nos brancos...cada um...com seus problemas.

Uma vez a mae contou uma história. Encontrou uma amiga de tantos anos e ela: Como vai a Joice (lembra meu nome é Joice?) ? Vai bem...mas por que? É que quando ela tinha uns 3 tu dizias: Já usei de toda a psicologia com esta guria e nada funcionou. Haaáá´, entao ela continua igual!

Nao é tao ruim conhecer "outras" psicologias...a minha até eu desconheço. Quem sabe alguém explique? Ou...talvez seja desnecessário explicaçao. No final é tao bom chegar em casa...trocar de roupa, botar pijama...

Coisa que nao usei na viagem, pijama..nao tinha como..dormia vestida, e com todas as roupas que podia. Melhor compra, lanterninha pra cabeça...vocês nao fazem idéia como funcionou. Vou começar a usar diariamente. Assim finalmente me chamam de "despirocada" com motivos.

Achei que estava no final do mundo, mas segundo minha amiga alema, o final do mundo fica em Chaltén...nao fui lá, mas depois disto fiquei interessada.

Onde termina tudo isto? Em cerveja e festa espero eu. Ou quem sabe numa boa história, para poucos lerem.

quarta-feira, março 14, 2007

quarta?

De volta ao mundo virtual. Tudo dói, quem mandou achar que pode? Vários km depois de muita descida e subida.

Primeira noite na barraca frio intenso. Na segunda coloquei todas as roupas disponíveis secas. Na terceira um segundo saco de dormir para os 5 negativos. Na quarta feito uma sauna...sem mexer...aí os gambás.

Estou com problemas contra frio e humidade, de enlouquecer...nao virei pinguim...mas continuam rondando, gosto.

Voltei pra Calafate...depois Ushuaia, Buenos, Aires, POA, Rio, POA, Pelotas. Férias?

Arrependimentos? Claro que nao. Eu e os bichos selvagens temos algo. Só livre se percebe a diferença. É bom observar. Quando dá pra chegar perto entao, pra troca..livre sempre.

Meu quartinho agora tem cama e aquecimento.. e muitos mins....mins demais...

Nao gosto de números, mas eles sao necessários. Pra pagar contas, aproximar pessoas, ououou..percorrer.....1..2..3...4...50.....

Sexta durmo em casa. Cheia de sonhos.