segunda-feira, janeiro 29, 2007

Acordei em Bagdá

Tem vezes que o silêncio fala mais...
E depois, não esperem ler declarações, segredos...
a gente pensa tanto, mais tanto...
que a parte escondida é um detalhe..uma fração do todo.
Então, continuo assim, até que a morte nos separe.
Esta frase não é minha. Então de quem seria?
Quem escreveu a missa de casamento?

A professora substituta da aula de power jump de hoje era ruiva.
Lembrei de uma outra ruiva na minha vida, a professora de música com sobrenome russo.
Jamais confie numa professora de música que tem sobrenome pronunciável. Acredite.
Pois ela era amiga da família, e a filha dela era uma chata. Que por sinal cantava no coral comigo. Sim cantei, era bem afinada, ouvido bom.

Entenda, sou meio surda, de verdade.
Ouvido bom neste caso tem sentido estético.
A filha era um porre, mas a professora ótima, e nunca passou desapercebida.
Primeiro porque era esquelética, um metro e oitenta com cabelos ruivos naturais pela cintura.
Segundo porque os pupilos dela só cantavam em latim, francês ou alemão.
Nossa, como a gente parecia inteligente, fazia um sucesso...

Hoje a professora de power jump era baixinha, ruiva natural....e tenho certeza, deve ter sobrenome russo! Lá pelas tantas dava um berro pra gente correr...tenho certeza que deve ter matado as galinhas da redondeza com o rugido.

Sim, definitivamente deve ter sobrenome russo, quando faltava uns 10 minutos pra aula terminar, dizia fazendo terrorismo:

-Bom, depois do aquecimento podemos começar!

E veja bem, eu inocentemente bocejava tentando espantar o sono. Acordei em Bagdá com a bomba ruiva.

Depois veio O Rafting assassino, o ônibus virado, o assalto com dinamite, as geleiras desabando na Groelândia, nós fritando por aqui....cenário de guerra. E tudo isto antes do meio dia...

Então corram, corram pra ser felizes depressinha....ou se calem para sempre.

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