Devia existir um detector onde os erros de boa fé pudessem ser separados dos outros. Mas não existe, a gente nem sempre sabe, e nem sempre desculpa.
Muitas histórias são destruídas assim. Algumas nem começam. Vou contar uma, de uma pessoa que por descuido se comprometeu. E por ter boa fé tentou resolver sem prejudicar.
Num primeiro momento foi uma comemoração entre pessoas que te conhecem pelo apelido. A festa dos tios, Jocas e Zecas.
Antes disto, alguém te acusa sem entender que o tempo precisa ser compartilhado. Só que ultrapassa as medidas. Não revido, o que é recente em mim. Sinal de cinismo? Não, definitivamente. Sinal de quem já fez isto e descobriu que não é a melhor forma de fazer o mundo funcionar. A memória é longa, e quero lembrar das tentativas.
Estes que te chamam pelo apelido, sempre vão estar do teu lado. Memórias que se misturam.
Depois vem a memória recente, das apostas, dos escolhidos por afinidade. Talvez o tempo não fale tanto, mas não importa. Existe tu, o tempo, eles e as escolhas.
Mudo de ambiente, fui esquecida. Volto pra casa e penso que a noite foi um erro. E se existisse a segunda chance, teria mudado algo? Não, continuo lembrando das tentativas de boa fé, mesmo que seja uma escolha solitária. Veio o nó, o buraquinho e a música errada para o momento certo.
Entro em casa. A memória recente também tinha cometido um erro de boa fé, felizmente detectado, e sem necessidade de perdão.
Assim é que funciona o rolo compressor, mesmo quando a máquina enguiça.
Estava em casa, sozinha e tranqüila. Nada tinha dado certo, mesmo assim todos tentaram, e bastou.
E....sim, também acredito nisto e em tantas outras coisas que um dia espero poder contar.
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