sábado, dezembro 30, 2006

Ciência

O gosto pela ciência veio muito cedo, através da minha mãe bióloga. Ela adorava jogar os cachorros na piscina, pra ver se sabiam nadar. E a gente óbvio, pulava de roupa e tudo pra salvar todo mundo. Nos tornamos ecologistas por nascimento. Não é por nada que aprendi a nadar tão cedo.

Mais tarde, continuou meu aprimoramento. O pai dava todo mês uma coleção com experiências famosas para meu irmão, que cheio de orgulho colecionava. Tinha uma parede inteira do quarto com toda a coleção jovens cientistas. Um dia ele resolveu abrir as caixas. Todas vazias. Nunca corri tanto na vida.

Aos 10 anos eu já dirigia, só dentro do sítio. O pai dizia que era muito importante. Enfim, dava umas bandas de carro e sempre encontrava alguém pescando, caçando passarinho. E lá ia eu, defender a natureza dos malvados...
Assim cresci entre macacos, cachorros, vacas, coelhos, preás, cavalos....

Hoje minha mãe se saiu com esta, ou as plantas ou a gata!!!
Parênteses. Ela tem duas gatas, Capitu, e a Mia...uma filhotinha de dois meses que foi adotada depois que a Sofia tragicamente morreu de câncer aos 16 anos. A Capitu vocês já conhecem, se atirou do quinto andar possivelmente atrás de um passarinho. Ela foi heroicamente salva pela Tina, Minha SRD.

Eu prontamente respondi, então tá resolvido...A GATA FICA, os vasos saem...
Outro parêntese: A mãe, como bióloga, tem praticamente um ecossistema perfeito da floresta amazônica na sacada da casa. Ela, por sua vez, mora no mesmo edifício que eu, logo a comunicação é fácil. Isto faz de mim a primeira conselheira do castelo, certo? Além de carregadora oficial quando resolve trocar os vasos de lugar.

Moramos na frente da maior floricultura que já conheci, um sítio do meio da cidade. Meu ap da de frente pro morro do osso e o Wigne...acordo com os passarinhos. Em ocasiões especiais, quando estou profundamente deprimida, vou até lá comprar plantas. A última aquisição foi um tipo africano que não precisa nem de sol nem de água pra sobreviver. O que se explica ser africana.
Toda a semana coloco um copinho de água. Só que a tal planta adorou a casa. Não pára de crescer. Acho que qualquer dia vai pegar o telefone e pedir jantar no serviço de tele entrega. Eu que pague a conta.

Bom,
A pessoa “maisocupadaqueconheço” ligou pra passarmos o ano novo lá. Casa nova, trabalho novo, e problemas de montão...do tipo que até eu pensaria duas vezes...

Lembro de tantas viradas do ano que passamos juntos. Normalmente terminava com todo mundo meio alto, jogando azeitonas nos carros...ou com a polícia batendo, pedindo pra baixar o som.

Lembro de uma ótima. Eu do lado da minha irmã pensando como seria a experiência de jogar um copo de champagne na cara de alguém. Fui.....e ela também. A brincadeira terminou com várias pessoas molhadas.

Minha última experiência é ficar um mês sem abrir a caixa de correio. O prazo estoura na semana que vem. Ontem veio o cara aqui do edifício falar:

-Joice, parece que chegaram uns papéis importantes pra ti, coloquei na caixa..
-hááá, pego depois obrigada...
-Não quer que eu abra pra ti?
-Não obrigada...
-Tem certeza?
-Simmmmm

hã, este cara não entende nada de ciência....

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