Alguns dias depois....
Descubro que perdi tempo em começar um blog. Já pensei em 7 ou 8 assuntos em dois dias...
Nossa se pautar é tudo ! Bem, o assunto música é o seguinte. Desde cedo aprendi a acordar ao som de Beethoven, quinta, nona, tanto faz. Depois veio Mozart, Chopin, Brahms, Bach. Meu pai é um fanático.
Até meus 14 anos foi assim, depois ele foi viver com a vizinha que ouvia pagode (Pra desespero dele).
Com o tempo a história evoluiu. Tipo, com meus irmãos, veja só:
Rubens, o mais velho e meu padrinho: Rush, Roxette, Shania Twain...tem muitos outros, coloco os que lembro. Ele ouve de tudo, menos pagode.
Jane, a irmã italiana: The Who, Roger Daltrey, Sting, Police, até que partiu para produção própria...tipo namorar os músicos que ela curtia..
Regis, meu irmão rural: Supertramp, Jethro Tull, Yes, Queen...muito Queen. E pra surpresa geral da nação, nada de música nativista.
Grande parte da adolescência, como irmã caçula, eu era influenciada diretamente por eles. Coisas que eles não gostavam, nem entrava em casa. Não podia nem assistir os Trapalhões, SÓ DISNEY!
Praticamente no mesmo ano, um casou, a outra foi pra Europa e o outro foi estudar em Pelotas. Imagina a solidão! Estava sem meus guias.
Parti pra carreira solo. Trilhas de filmes ! Muuiittos, em centenas...
Quando enchi o saco dos filmes, sonorizei a vida. Ficou divertidíssimo. Não significa necessariamente que são músicas que goste. Ou que tenha relação com a letra. É o som.
Tipo, já fui expulsa da catedral de São Pedro no Vaticano porque estava ouvindo Carmina Burana muito alto. Lembra de Carmina Burana né? Se você não for católico, vai entender. Antes de tudo o Vaticano é a sede de um partido político que administra muito dinheiro, e que tem como objetivo ganhar mais dinheiro. Imagina a música de suspense, aterrador. Sacou?
Cuba: Conhece a música La vida és un carnaval? Lá ouvia a versão de Isaac Salgado, mas a melhor é da Celia Cruz. Dizer para um cubano que a vida é um carnaval é ironia. Para um povo que não pode nem se expressar.
Os arranjos simplesmente me lembram situações, lugares, momentos vividos com determinadas pessoas, não é uma escolha racional...
Hoje meu gosto é eclético, as vezes até questionável. Tem músicas que respeito pelas pessoas que encontram nela sua forma de expressão: Tipo funk, hip hop (definitivamente não escuto). Música tem relação direta com som, com notas. Na minha música a letra vem em segundo plano. Para a letra já existe a poesia. O fundamental é a sonoridade é o equilíbro dos sons.
Meio mundo não vai concordar comigo, mas enfim, atirem as pedras ou simplesmente aceitem as diferenças. É a partir das diferenças que a gente cresce, se todo mundo pensasse igual seria uma chatice, vamos combinar.
A vantagem é que, na maioria das vezes, viajo de graça.
Agora tem uma que eu gostaria que tivesse escrita pra mim: Luiza, Tom Jobim. Não consigo imaginar nada mais perfeito.
Escuta agora a canção que eu fiz pra te esquecer Luiza....
Desculpe, estou de partida para o Rio...
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